terça-feira, 28 de maio de 2013

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Após a leitura do Texto expresse suas considerações a respeito de como os conceitos e exercícios estudados em Geometria Descritiva se aplicam à sua visualização do espaço quando você estiver elaborando um projeto arquitetônico?
 
 
 
IDEIAS BASICAS PARA ADOÇÃO DO PARTIDO EM ARQUITETURA

Laert Pedreira Neves

 

Trataremos aqui do modo simplificado da expressão perceptível do volume do edifício, na percepção tridimensional, usando-se o sistema gráfico, geométrico, de referências bidimensionais. Esse sistema facilita o raciocínio, ajuda a compartimentar o processo de adoção do partido para diminuir as dificuldades de idealização e com ele é possível expressar com clareza e precisão a noção tridimensional do edifício.

O sistema bidimensional de referências gráficas, que permite a idealização e a representação do edifício numa visão com dimensão volumétrica, é formado de planos geométricos ortogonais, utilizando-se os conhecimentos adquiridos na ciência da geometria descritiva aplicados à elaboração do partido arquitetônico.

Uns, os planos de referências horizontais, são onde se indicam as informações idealizadas nas dimensões de largura, comprimento e área, de posições contidas nos planos, como de posições projetadas sobre eles, de baixo para cima e de cima para baixo. E outros, os planos de referências verticais, aqueles onde se indicam informações idealizadas na dimensão da altura, de posições contidas neles e outras projetadas de elementos que estão à sua frente e atrás dos planos verticais.

As ideias expressas nesses planos são representadas na linguagem gráfica, de acordo com a técnica do desenho arquitetônico convencionada.

Os planos horizontais do sistema são denominados de plantas e os planos verticais, de cortes e fachadas do edifício. O conjunto desses planos necessários  para expressar a ideia básico do partido arquitetônico no sistema bidimensional de referências gráficas, deve ser formado de nove planos, em média. São três planos horizontais e seis verticais.

A perspectiva desenhada no croquis 5, explodida mostra a disposição dos nove planos com os quais o projetista expressa as ideias do partido, tendo-se usado como exemplo de sólido de representação do edifício a figura do cubo. É com esse conjunto de planos que se constitui o sistema bidimensional de referências gráficas, para expressar a ideia do partido na visão tridimensional.

Os planos horizontais do sistema são:

1) o plano da planta de situação, o (1) do croquis 5, que se situa na parte inferior do edifício, no nível do terreno, quando esse nível coincide com o da rua, ou no nível da rua quando o terreno é inclinado. A planta de situação é o plano horizontal que serve para se expressarem as ideias de ocupação do terreno pelo edifício e as relações estabelecidas entre eles.

2) o plano do pavimento, da planta baixa, o (2) do croquis 5, que se situa numa altura variável entre 1,00 m a 1,50 m acima do plano da planta de situação, convencionada pelo projetista. O plano da planta baixa é o plano horizontal que seciona o edfício na altura convencionada e serve para nele se expressarem as ideias da disposição dos elementos do programa no pavimento e demais referências ligadas a ele. Quando o edifício tem dois ou mais pavimentos, entretanto, o sistema de representação gráfica conterá um plano horizontal para cada pavimento, exceção feita aos pavimentos com plantas iguais, comumente denominados de pavimento tipo e representados por um plano só.

3) o plano da planta da cobertura, o (3) do croquis 5, é o plano horizontal que se situa acima do edifício, à distância convencionada, e serve para nele se expressarem as ideias referentes á parte superior do edifício, a sua parte mais elevada. Como este plano não seciona o edifício, são projetadas sobre ele de baixo para cima, ortogonalmente, as ideias da cobertura e das demais referencias ligadas e próximas a ela.

Os planos verticais do sistema são:

1) os que se situam na parte interna do edifício, os planos dos cortes, em número mínimo de dois, sendo um o da seção transversal e o outro o da seção longitudinal ao plano do pavimento, os (4) e (5) do croquis 5, que servem para expressar as ideias do interior do edifício com as referencias altimétricas. Haverá também caso de adoção do partido em que se deve expressá-lo com mais de dois planos verticais internos - os cortes - para se mostrarem todas as ideias, quando esses não forem suficientes.

2) os que se situam defronte do edifício, os planos das fachadas, em número de quatro, os (6), (7), (8) e (9) do croquis 5, em distância convencionada que servem para expressar as ideias das suas faces externas com as referencias altimétricas. Haverá caso também de adoção do partido em que se pode aumentar o número desses planos das fachadas, quando o edifício tem mais de quatro faces. E diminui-lo, quando há menos faces ou há face colada em face do outro edifício qua a invalida. Ao projetista cabe julgar da conveniência, ou não, dessas alterações.

 
 

11 comentários:

  1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GEOMETRIA DESCRITIVA NA ARQUITETURA
    Quando estamos à frente de um projeto arquitetônico, exploramos todos os recursos disponíveis. Em relação à geometria ela nos proporciona, dentro do projeto, a melhor maneira de chegarmos à forma que estamos procurando.
    Quando estamos construindo a forma através de maquetes volumétricas estudamos o melhor formato tridimensional, nos diversos planos para melhor visualizarmos o que queremos construir.
    Um projeto se torna complexo quando não há harmonia em seus traços, que na teoria exploramos através de conceitos. Numa planta procuramos nos orientar pelos planos horizontais onde podemos observar as funções do projeto na forma que estamos estudando, e nos planos verticais transformamos em expressivas estruturas tridimensionais para mostrar de que maneira poderão se comporta os ambientes dentro do projeto.
    A geometria explora o raciocínio do arquiteto quando este começa a traçar as linhas de um projeto, mostrando através da perspectiva as linhas seja nos planos horizontais ou verticais o conceito que mais se adéqua ao espaço que será projetado e explorado pelo observador.
    Conceituar a arquitetura dentro da geometria que é uma das ferramentas para construir algo, não tira do arquiteto o dom criativo que vai além da física. Oscar Niemayer que o diga, com seus traços que vai de um rabisco ao infinito da concepção arquitetônica mostrando o conceito de uma obra.

    José Eduardo

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    1. ótima postagem Eduardo, com a observação de que o nos planos verticais (cortes, fachadas) ainda estamos trabalhando em 2d, ainda são projeções, nos planos verticais não traçamos o desenho tridimensional, cortes e fachadas são desenhos bidimensionais.

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  2. O desenvolvimento do raciocínio espacial, por meio dos elementos formais e pensamento lógico, tem por objetivo incrementar a capacidade de observação. Devemos desenvolver nossas capacidades para o estudo do espaço. Desenvolvendo essa capacidade de estudar com plano, pode-se fazer relações mentais por meio de noções de medida, localização, posicionamento, rotação, deslocamento e representação, originados pelas absorção dos elementos visuais. Temos que ampliar a habilidade de compreender, previamente o espaço e o objeto a serem criados.

    Wilssiane Cristina

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  3. Para projetar uma estrutura, tem que ter uma perspectiva bidimensional,criar uma volumetria,noção do espaço ,planos,dimensão,alinhamentos....para fazer uma fachada....ou uma planta baixa tem que ter noção do que vai criar onde vai explorar ver espaço para não projetar uma estrutura fora do seu conceito....ter noção de medidas,escala...tudo é um conjunto de regras que serve para ser um bom arquiteto....é pesquisar ....

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  4. A GD nos faz desenvolver dois principais pontos de aprendizagem dentro da arquitetura, um para estudar a visibilidade de interseções entre planos e outro para desenho de elementos geométricos através de suas projeções, seu objetivo principal e’ desenvolvimento do raciocínio tridimensional e conseqüente aprimoramento da percepção espacial, que por sua vez sao indispensáveis à criatividade e à importacia necessárias para a concepção de projetos. Este objetivo é alcançado quando existe uma total compreensão do espaço tridimensional e de sua representação em um domínio bidimensional.

    Paula Cristina

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  5. O GD têm como objetivo nos proporciona uma maior habilidade na visão espacial, assim indentificado o partido e dando construção aos conceitos sendo indispensável para a visualização de volumetrias, plantas e vistas aguçando a compreensão.

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  6. A GD tem papel primordial na vida e na "leitura" do arquiteto. Consegue transpassar o raciocínio que esta em mente do arquiteto sobre um determinado projeto para a visão 3d, fazendo assim melhor entendimento e absorção do projeto. Antes da GD tinha uma ideia de como fazer um projeto, primeiramente em planta baixa; depois da GD já penso na sua forma 3D, melhorando o entendimento e a execução do mesmo.

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  7. O estudo de DG, é extremamente importante para o futuro arquiteto, pois ele passa a ter uma visão espacial do projeto antes mesmo de colocar no papel. Como proficional, diante de um cliente, ajuda a visualizar as necessidades do cliente, possibilitando uma apresentação, que possa surpriender seu cliente, ou seja, facilita a vida do arquiteto.

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    1. DG ou GD? bjos querida, boas férias, você é uma excelente aluna.

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  8. O estudo da Geometria é essencial para a formação do arquiteto. Não se pode pensar em Arquitetura sem Geometria. Esta é fundamental para expressar desde a ideia à conclusão de um bom projeto. Não se pode esquecer ainda que ao estudo da Geometria Descritiva desenvolve no arquiteto a habilidade de visualizar sob a ótica geométrica tanto os espaços já construídos quanto aqueles ainda por serem representados em um projeto arquitetônico. O estudo detalhado das formas geométricas leva à compreensão de sua aplicação nos elementos arquitetônicos; e o conhecimento da forma tanto amplia a dimensão projeto quanto possibilita, através da representação em planos verticais e horizontais, sua antevisão.

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